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Experiência Militar e sabedoria psíquica preparam combatente para adversidades


Sgt. Alex Dantas, responsável por parte do currículo do curso de Combate Tático, fala sobre a missão de formar equipes preparadas para o que der e vier




Promover encontros que contribuam com a visão estratégica dos profissionais de segurança é o objetivo da ATIVAR360 - Conferência Internacional de Segurança Militar Privada.


Foi em um desses encontros que nasceu, em 2017, a parceria do consultor Diego Coloma com Alex Andreoli Dantas, sargento da PM e CEO da ATIC (Academia de Táticas Intelectuais de Combate), de Indaiatuba. O resultado foi o desenvolvimento de um currículo inédito no Brasil, que agrega conhecimento intelectual e prático no curso de Combate Tático que será aplicado na ATIVAR360.


A princípio, o projeto passou a integrar o quadro de profissionais no treinamento da ATIC, em 2017; neste ano, ganhou nova forma ao ser aplicado aos efetivo da 4°Cia do 47°BPM/Indaiatuba, de maneira voluntária.


Envolvo ao universo da segurança pública desde 1994, quando iniciou sua carreira militar, Alex Dantas conta com uma vasta experiência policial proporcionada em 21 anos de combate na guerra urbana, onde atuou em inúmeras missões de extremo risco.

Ao unir sua experiência como militar e seu interesse pela filosofia, criou a ATIC, cuja principal atividade são treinamentos online voltados à aprendizagem e aplicação de primícias desenvolvidas e aplicadas por grandes guerreiros e líderes militares.


O objetivo é estimular o processamento de dados e a busca por suas próprias respostas através de ferramentas e técnicas específicas, conforme a necessidade do processo. “Como cada equipe possui necessidades diferentes, antes de mais nada, a ATIC se preocupa com a programação mental: como cada indivíduo que compõe a equipe percebe e age diante do mundo que o cerca. Dessa forma, a ATIC traz à tona a responsabilidade real de cada indivíduo que compõe uma equipe e assim prepara equipes de alta performance, com objetivos claros e muito bem especificados. Ou seja, o cenário de risco é particular, cada um sabe exatamente qual é sua missão e a importância de cumpri-la com eficiência”, explica.


Hoje, ele fala da sua visão sobre a segurança no Brasil e de sua missão de formar equipes preparadas para o que der e vier. Acompanhe a entrevista completa:


ATIVAR360 - Qual a sua visão sobre o cenário da segurança pública e privada no Brasil hoje?

Sgt. Alex Andreoli Dantas - Ao meu ver, a segurança no geral trata de uma questão bastante peculiar e subjetiva. Digo isso pois a primeira questão é entender o que realmente é, para cada um, sentir-se seguro. O cenário brasileiro vem dificultando a capacidade de atender tantas demandas, já que são inúmeros os fatores de risco propiciados pelo crime.


A360 - Como a proposta da Ativar360 pode contribuir com esse cenário?

AD - Vejo a Ativar360 como uma receptora de conhecimento e técnicas que vai agregar, inovar, complementar e estabelecer novos protocolos de atuação para a segurança no Brasil.


A360 - Como a ATIC contribui para a formação desse agente de segurança?

AD - A ATIC não pula a lição de casa! Estimula a autoconsciência, autoconhecimento, ajuda cada integrante da equipe a potencializar seus pontos fortes e a neutralizar ou minimizar seus pontos fracos. Entende que o sucesso depende de todos da equipe (agentes, clientes, famílias, colaboradores e etc). Por fim, a ATIC forma equipes altamente motivadas, conscientes e treinadas para atuar em situação de extremo risco, isto é, uma guerra não declarada!


A360 - Qual o peso de uma certificação internacional hoje para uma empresa/instituição que trabalha com segurança?

AD - Estamos na Era do Conhecimento. Quando digo “estamos”, não digo só o “bem”; seria hipocrisia da minha parte não aceitar que o crime também treina e faz planejamento. Por esse motivo, uma certificação internacional diz muito sobre uma empresa ou organização que atua na segurança, pois reconhecemos nela o empenho e a preocupação em obter conhecimento e preparar suas equipes para situações inesperadas.


A360 - Como acredita que trazer visões estrangeiras para o Brasil pode contribuir com as estratégias de segurança, especialmente no que diz respeito às ações “anti-terroristas”?

AD - No Brasil temos uma cultura de não guerra. Isso implica em um problema muito sério, pois quando não declaramos guerra aos inimigos, inconscientemente isso quer dizer que não precisamos treinar para combater esses inimigos. A visão estrangeira possui anos à nossa frente. Eles sabem quem são seus inimigos e, assim sendo, já treinam ações-antiterrorismo. Cabe a nós buscarmos conhecimentos e co-criarmos nossa realidade antes que seja tarde demais!

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